11/06/2008

Transportes de mercadorias



Pela sua relação também com o ambiente, cabe aqui este comentário:

A paralisação dos transportes de mercadorias que vivemos, lamentável nos moldes em que tenha ocorrido, revela o que já se adivinhava acontecesse, não só pela actuação abusiva do Estado e petrolíferas, mas também porque foi dado tudo o que era preciso para criar uma força transportadora por estrada, que na hora que quisesse, paralizaria um país, com gravíssimas consequências em actos de inconsciência e cegueira, quando a água não corresse para o seu moinho.
Desbravaram-se campos e serras na frenética construção de auto estradas, com um fabuloso custo económico e ambiental que todos temos que pagar. Desprezou-se o caminho de ferro: em vez de aumentar e melhorar a rede ferroviária, muito mais económica e quase sem estragos ecológicos; hoje de enorme utilidade.
Deram-se créditos astronómicos para a compra de monstruosos camiões que enchem as estradas a grande velocidade, autênticos combóis de viaturas pesadas, pondo em perigo constante a circulação dos outros utentes.
O transporte rodoviário nunca poderia ser posto de parte, mas poderia funcionar paralelamente ao caminho de ferro, numa concertação bem estruturada, minimizando este pesadelo ambiental e seus elevados custos.

Aos promotores da paralisação, que não querem ver reduzidos os seus lucros, (lógico) não podemos deixar de lhes dar razão na parte que merecem. Até porque nos toca a todos. Desde sempre os Governos em Portugal tomaram
o pulso fraco dos portugueses e abusaram da passividade (como em tudo).
Há muito, mesmo muito, que deveríamos ter batido o pé ao oportunista e abusivo aumento do preço dos combustíveis, a começar pelo gás doméstico (um subproduto baratíssimo que, a não ser aproveitado, seria deitado fora).
Porque a culpa é dos EEUU, dos Árabes, da OPEP e, sem deixar de o ser, em parte, quer o Estado quer as petrolíferas, vá de aproveitar para encher os bolsos, sempre que enchemos o depósito da viatura.
Os responsáveis não cedem fácil, mas têm de aceitar que não há razão nenhuma para que os combustíveis em Portugal sejam mais caros que em Espanha.
Não é questão de dimensão do país, é questão de dimensão de competência administrativa e honestidade.
E embora de depósito e barriga vazios, de Incompetência e desonestidade estamos cheios!

13/04/2008

Ponte de discórdia


Ponte a baixo ponte a cima e assim nascerá mais uma conduta a despejar milhares de viaturas diariamente em Lisboa.
Mesmo nela sendo contemplado também o caminho de ferro, não parece que este seja o seu maior atractivo (salvo a desejada ligação à linha do Sul).
Os portugueses não largam o volante, preferindo o "stress" das filas, estacionamento, custos do carro, combustível cada vez mais caro e parque, cada vez mais difícil, ao conforto duma carruagem de comboio onde se poderá tranquilamente ler um jornal, algumas páginas dum livro, ou mesmo olhar a "paisagem" do lado, sem, por isso, correr o risco de bater na carruagem da frente.
Os portugueses necessitam empenhar-se em mudar o seu habito de transporte, mas não parecem interessados.
Os governantes tem a sua quota-parte nesse desinteresse! Talvez por outros interesses, que ultrapassam os ambientais e outros ditos politicamente mais correctos, fomentam a construção de estradas em detrimento de vias férreas, em todos os aspectos muito mais económicas e ecológicas. Há muito que outros países já descobriram isso; nós ainda vamos na carruagem de trás, ou pior, nem sequer apanhamos o comboio !

30/03/2008

Camionagem de passageiros, sem passageiros.


Todos podemos verificar que aos centros e dos centros das
cidades chegam e partem diariamente demasiadas carreiras de camionetas de passageiros de Empresas Privadas vazias, ou quase, muitas vezes sem um único passageiro.
Serviço inglório, com graves consequências ambientais e para a saúde pública, quer pelo ruído destes monstros rolantes movidos a potentes motores "diesel", quer pela emissão de gases tóxicos, além da obstrução provocada pela sua circulação praticamente inútil.
Há muitos anos que assim funciona e ninguém, com um pouco de bom senso, se "atreve" a pôr cobro a isto, porque será? Que poderes estarão por trás deste absurdo?

Energia eólica



Uma boa solução ?
Sim, mas...


Um parque eólico ou usina eólica é um espaço, terrestre ou marítimo, onde estão concentrados vários aerogeradores destinados a transformar energia eólica em energia eléctrica.
Para a construção desses parques é necessário a realização de EIA/RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) pois a sua má localização pode causar impactos negativos como a morte de aves e a poluição sonora, já que as hélices produzem um zumbido constante. Os fabricantes, no entanto, alegam que os modelos mais recentes não geram mais ruído que o próprio vento que gira as turbinas, por não usarem mais engrenagens no acoplamento entre a turbina e o gerador. (Wikipédia)

E o impacto visual?
Parece não ter sido considerado. No entanto, se os geradores forem colocados em linha (como na imagem), em vez de grupos estrategicamente distanciados entre si, teremos um futuro comprometedor do nosso horizonte visual, que nos poderá por a cabeça a "andar à roda"!